Você com certeza já deve ter ouvido ou lido sobre os termos chope e cerveja e suas diferenciações, não é mesmo?

Pois é esse assunto que iremos aprofundar um pouquinho mais hoje!

Aqui no Brasil, temos o costume de chamar a cerveja não pasteurizada, e que está armazenada em barril e é extraída com co2 em chopeiras, de chope. Já a cerveja é aquela que passou pelo processo de pasteurização, e normalmente são envasadas em garrafas. Acredita-se que essa diferenciação tenha surgido através da imigração alemã, e até hoje é muito utilizada por aqui.

A verdade é que o Brasil é o único país no mundo que faz essa divisão de cerveja e chope. Em outros lugares, cerveja é cerveja e ponto! E além de sermos o único lugar do mundo a possuir esse hábito, a regulamentação de cervejas vigente atualmente também considera que para uma cerveja ser considerada chope, ela deve ser não pasteurizada.

Mas afinal, o que é pasteurização?

A pasteurização é um processo físico que tem como objetivo a esterilização de alimentos. Esse processo foi criado em 1864 pelo cientista Louis Pasteur, onde o alimento é aquecido a uma temperatura de até 70ºC e permanecendo por alguns minutos e logo em seguida, o alimento é resfriado rapidamente, eliminando assim, microrganismos que podem deteriorar o produto.

O resultado desse processo na cerveja é um produto mais estável e com maior tempo de validade e armazenagem, possibilitando assim, o envio dessas cervejas para regiões mais afastadas e até mesmo para exportação.

A cerveja que não passa pelo processo de pasteurização é mais perecível, visto que os microrganismos deteriorantes ainda estão presentes na bebida. É por esse motivo que as cervejas não pasteurizadas possuem um prazo de validade menor, além de ser necessário um cuidado extra quanto às altas temperaturas durante o transporte e armazenagem, pois a atividade microbiológica só é inibida nesses casos, em baixas temperaturas.

A pasteurização modifica o produto?

A resposta para essa pergunta é SIM. A pasteurização modifica, mas de forma leve os aromas e sabores da cerveja por submetê-la a uma alta temperatura. Fazendo uma correlação, quando a gente compra um alimento “cru”, ele possui características específicas que nos ajudam a identificar que ele está bom e pronto para ser cozido, certo?

A partir do momento em que a gente coloca esse alimento na panela, a uma temperatura alta, nós estamos cozinhando esse produto e alterando suas características iniciais, saindo de um alimento “cru” para um alimento em que podemos consumir.

Claro que no caso da cerveja não funciona exatamente como citado acima. A cerveja não pasteurizada não se trata de uma bebida “cru” e que precisa necessariamente passar por algum outro processo para torná-la consumível. Muito pelo contrário, as cervejas não pasteurizadas são famosas por serem mais frescas e por apresentarem de forma mais pronunciada as características sensoriais do produto.

Como funciona na ØL?

Aqui na cervejaria nós possuímos tanto cervejas pasteurizadas, quanto cervejas não pasteurizadas. As cervejas pasteurizadas são comercializadas apenas em garrafas de 500mL e em locais onde não é possível manter o produto totalmente refrigerado, desde o transporte até a gôndola do ponto de venda.

Já as cervejas não pasteurizadas, comercializamos em barril e em growlers, seja de vidro ou PET. Esses produtos ficam armazenados em baixas temperaturas em nossa fábrica e são prontos para consumo. O transporte deles é limitado a região mais próxima da nossa fábrica, evitando exposições longas às altas temperaturas e garantindo que o produto chegue sempre fresco aos nossos clientes.

Vale ressaltar que em ambos os produtos entregamos a qualidade exigida pela nossa equipe, destacando nosso comprometimento e paixão em compartilhar as melhores cervejas e as melhores experiências!